Música


Nos anos 60 a cultura musical brasileira acompanhou inúmeras mudanças sociais. Nesta época os compositores passaram a se envolver mais questões relacionadas a sociedade em função a censura imposta pelo governo militar. Na década de 60 três grandes ritmos podem ser identificados como: Bossa Nova, Músicas Sociais, de festivais e Rock da jovem guarda, nas letras das musicas os compositores faziam criticas sobre a política, ditadura militar e as questões dos direitos trabalhistas, tudo isso em linguagem de códigos.

Na estrofe da musica “caminhando” que tem como compositor Geraldo Vandré faz uma critica a ditadura.

                                         
“Há soldados armados, amados ou não”.
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
“De morrer pela pátria e viver sem razão.”
“Somos todos iguais braços dados ou não.”

Letra e musica de Geraldo Vandré.







Em novembro de 1962 é gravado o primeiro disco dos Beatles intitulado Please, Please, Me. O lançamento ocorre em março de 1963. Esta década foi marcada pelo grande sucesso musical desta banda de rock.










Lucas e Érica



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A
música nos anos 60 teve grande influência na cultura dos jovens, já que estes eram a grande maioria da população. Em 1961, surgiu na Califórnia a primeira novidade musical da década nos Estados Unidos, os Beach Boys. Com temas leves, que giravam em torno de praia, surf e carrões, conseguindo atrair a atenção dos jovens americanos. Mas foi somente em 1963, do outro lado do Atlântico, mais precisamente em Liverpool, na Inglaterra, que surgiu o verdadeiro fenômeno musical dos anos 60, os Beatles.

Embora ainda muito influenciados pelo rock dos anos 50, com letras ingênuas e uma postura bem-comportada, não demorou para os Beatles e sua novidade musical, se tornassem uma verdadeira febre entre os jovens no Reino Unido e também nos Estados Unidos, o que abriu caminho para uma verdadeira invasão britânica em território americano e no restante do mundo ocidental.

Nessa mesma época, Bob Dylan, já antecipando a guinada musical que ocorreria na segunda metade dos anos 60 (afinal o cenário político dali para frente não inspiraria músicas tão leves e despretensiosas assim), começou a fazer sucesso nos Estados Unidos com canções com um tom diferente. Com seus folks, que falavam de temas sociais e políticos de forma poética, transformou-se em símbolo dos protestos que logo se intensificariam.

 Em 1967 nos Estados Unidos nascia o movimento hippie, uma nova forma de contracultura, sob o lema “Paz e Amor”, que inspirou bandas como The Grateful Dead, Jefferson Airplane, Moby Grape, entre outras, a produzir um rock psicodélico. Caracterizado pela experimentação e inspirado pelo uso de drogas como a maconha e o LSD, o gênero influenciou também o rock britânico de grupos e artistas como Beatles, The Rolling Stones, Pink Floyd, The Who, The Animals e Cream, entre outros.

 Nessa época surgiu também o estilo ópera rock, com longas produções musicais que tinham como objetivo contar uma história. “Tommy”, do The Who, a mais famosa delas, narra a saga de um menino cego, surdo e mudo, que mesmo assim consegue se tornar um campeão de pinball e líder de uma nova “religião”. O espaço da cultura jovem no mundo estava definitivamente conquistado.





Thyerre Merces

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A Tropicália e os anos dourados!

Garota de Ipanema, A banda, Trens das onze, País Tropical entre outras , foram alguns dos sucesso que explodiram nos Anos 60 ou famosos Anos Dourados. 

Foi durante esses anos que surgiu o Tropicalismo, um movimento musical que atingiu vários tipos de culturas. Com uma grande influência na cultura Pop Brasileira, a Tropicália inovou ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art. As letras das músicas "tropicanas" possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

Parque Industrial

Gilberto Gil
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
Tem garotas propaganda
Aeromoças e ternura no cartaz
Basta olhar na parede
Minha alegria num instante se refaz
Pois temos o sorriso engarrafado
Já vem pronto e tabelado
É somente requentar e usar
É somente requentar e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
A revista moralista
Traz uma lista dos pecados da vedete
E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado
É somente folhear e usar
É somente folhear e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Made in Brazil


Emilly Bonfim

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Música popular nos anos 60


 As pretensões de uma arte política, esboçadas em 63 pelos Centros Populares de Cultura da UNE, difundiram‑se por toda a produção artística convencional e, apesar da repressão nas universidades e da censura na imprensa, o mundo dos espetáculos viu‑se sob a hegemonia da esquerda. Num ambiente estudantil altamente politizado, a música popular funcionava como arena de decisões importantes para a cultura brasileira e para a própria soberania nacional-e a imprensa cobria condizentemente.     Os festivais eram o ponto de interseção entre o mundo estudantil e a ampla massa de telespectadores.  Tendo como um grande participante desse movimento, Caetano Veloso.
Que, faz a critica, como na letra de “É Proibido Proibir”, onde questiona: 
·      - as restrições sexuais da família (“a mãe da virgem diz que não”); 
·      - a manipulação das consciências pelo capitalismo de consumo (“e o anúncio da televisão”), 
·      - a liberdade artística  (“e o maestro ergueu o dedo”); 
 Entre outros questionamentos... 


Daniele Vivas


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